Após a mudança para o bairro Jardim Monte Azul, Ana passou a ter contato com crianças do bairro, e iniciou um trabalho comunitário, que culminou na fundação da Associação Sarambeque de Desenvolvimento Social e Cultural, hoje com 10 anos. Sarambeque quer dizer dança e música ao ar livre e esse nome se deve ao fato do trabalho ter começado no quintal de sua casa.O principal projeto da Ong é a Banda Zunidos do Monte Azul, seus shows e Treinamentos.
Durante oito anos, Ana também atuou como Coordenadora do Centro Cultural Monte Azul – ONG no mesmo bairro. Trouxe para a região mostras e espetáculos das diferentes linguagens artísticas e culturais. Hoje trabalha como produtora independente e dirige a Sarambeque.
A banda Zunidos do Monte Azul é composta por crianças e jovens de diversas regiões e classes sociais que utilizam instrumentos musicais feitos de material reaproveitado e reciclado. Em uma década de trabalho, o grupo já se apresentou com grandes nomes da música como Pedro Luís e a Parede, o Rappa, Gabriel o Pensador, Cidade Negra, Sandy e Jr, Theo Werneck, Arleno Farias, Maria Alcina e Leci Brandão. Além disso, nesse período, as atividades envolveram mais de 300 crianças e adolescentes. Hoje a ONG se orgulha por ver os jovens dos Zunidos formados em universidades, estudando em outros países, tocando em bandas de destaque e exercendo a cidadania com plenitude.
Outro destaque desse trabalho é a realização de treinamentos empresariais que têm como pano de fundo a sustentabilidade, o consumo responsável e principalmente, da responsabilidade social.. Os executivos são desafiados a criar instrumentos musicais com o que se convenciona chamar de lixo, aprender a tocar um instrumento, depois sentir a força do tocar em conjunto de maneira harmoniosa, e conviver com as diferenças sociais e culturais. No currículo do grupo, treinamentos para empresas como Credicard, Telefônica, City Bank, Amcham, Amanco, Caixa Econômica Federal, entre outros.
Crianças da ONG ZUNIDOS
Sobre a ONG ZUNIDOS
No final de 1998, as crianças começaram a chegar para assistir aos ensaios de grupos musicais que aconteciam numa casa na saída da Favela Monte Azul. Logo estavam dançando, cantando e querendo tocar. Como não tinham instrumentos, passaram a trazer sucatas que faziam “barulho bom”, foi aí que começaram a aprender música, dança e cidadania. No início só gostavam de rap, mas agora, conhecem, curtem e tocam blues, maracatu, maculelê, forró e chorinho. O grupo cresceu. Hoje não são só da Favela Monte Azul, vem gente dos bairros vizinhos, de outras camadas sociais, meninos e meninas que fazem da arte um exercício de cidadania. Os shows transcendem os limites dos palcos, a platéia reage e entra na dança. Já tocaram com Pedro Luís e a Parede, o Rappa, Gabriel o Pensador, Cidade Negra, Sandy e Jr, Theo Werneck, Arleno Farias, Maria Alcina e Leci Brandão. Agora querem levar essa experiência a cada canto do mundo. E que um número, cada vez maior, de pessoas revele seus talentos artísticos e culturais a partir desse exemplo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário